Por Safii-chan
Yoo Minna-san!
Desculpa estar postando tarde, mas as minhas aulas já começaram e estou atolada de coisas para resolver kkk
***
Capítulo II: Haunted by a ghost from my past
Ten
já havia planejado a encrenca da vez. Sua rixa com Taeyong se tornara mais
forte. Fazia um mês desde a confissão inesperada do pequeno, e a humilhação que
este passara. Os demais alunos se reuniam toda vez que os dois pregavam peças
um no outro. Da última vez, Ten ficara sem suas roupas no vestiário e tivera que
correr somente de cueca pelo corredor. Enquanto Taeyong teve que dar dezoito
voltas na pista de atletismo por, supostamente, expor a vida pessoal do
professor de educação física – que gostava de se transvestir à noite.
Naquela
segunda-feira não seria diferente: os dois se enfrentariam no pátio, trocariam
xingamentos e ofensas e logo botariam em prática as pegadinhas preparadas.
Mas
havia um pequeno problema, um que Ten não poderia ter previsto.
***
-
Bom dia, alunos. – O professor proferiu ao entrar na sala. – Gostaria de
apresentar-lhes o novo colega de sala de vocês, ele veio transferido de outra
escola. Entre, por favor.
O
menino de cabelos azuis desfilou timidamente pelo lugar, não conseguindo manter
contato visual com os demais. Todos, homens e mulheres, prenderam a respiração
naquele momento.
-
Se apresente, querido.
-
Eu sou Moon Taeil. – O novato reverenciou. – Espero que sejamos bons colegas.
O
tailandês, que se encontrava perdido em pensamentos, virou bruscamente ao ouvir
tal nome familiar. O menino que se encontrava à frente dele, era completamente
diferente de como Chittaphon lembrava. Se fosse quem Ten pensava, aqueles
cabelos azuis, um dia já foram em um tom mel, cor que ele estava familiarizado.
Os
olhares de ambos se cruzaram. O protagonista engoliu seco e desviou a atenção
para a janela. Contudo, o novato foi mais rápido e se pronunciou.
-
Ten? Ten Chittaphon? – O tailandês se encolheu e rezou. Mesmo não acreditando
em crenças, ele rezou. Rezou para que tudo aquilo fosse apenas um sonho ruim, e
ele estava prestes a acordar.
-
Você o conhece? – Perguntou o professor.
-
S-sim, estudamos juntos quando pequenos.
-
Nesse caso, sente-se perto dele. Sr. Chittaphon, a partir de hoje o senhor irá
ajudar seu antigo companheiro.
“Merda”. Pensou.
-
S-sim senhor. – Gaguejou.
Taeil
se acomodou na cadeira vazia ao lado do tailandês, que praguejou algumas
palavras em sua língua.
-
Ten, eu sou o Taeil, não sei se se lembra de mim. Eu mudei bastante desde a
última vez que nos vimos. – Ajeitou uma mecha atrás da orelha. – Olha, eu...
-
Me desculpe, mas eu não me lembro de você. – Afirmou friamente.
-
Que cruel. Pode não ter me reconhecido, já que eu era gordinho e tinha cabelo
castanho. Mas falar que não se lembra do meu nome, isso é cruel.
-
Tenho uma péssima memória. Agora, se me dá licença, eu preciso prestar atenção
na aula.
***
-
TEN! ESPERA! – Taeil corria ofegante atrás dele, mas o tailandês o ignorava.
-
Tem certeza que não lembra dele? – Doyoung indagou inquieto. – Ele parece te
conhecer muito bem.
-
Vou ignora-lo. Vamos embora.
-
EU TE PEDI PARA ESPERAR! - O Moon
alcançou o outro, virando-o para si. - Eu sei que você se lembra de mim, mas
não quer falar comigo.
-
Que bom que você sabe. Agora me solta. – Taeil não havia notado, mas segurava o
punho alheio com tamanha força.
-
Desculpa. – Disse, soltando-o. – Por favor, não saia andando. Eu preciso
conversar com você.
-
Eu não tenho nada a falar.
-
Mas eu tenho. – O novato olhou para o ruivo, que se encontrava em silêncio até
o momento.
-
Estou me retirando.
-
Não, Doyoung fica. Ele é meu melhor amigo, não tenho segredos dele.
-
Se você diz. – O ruivo permaneceu em seu lugar. – Queria pedir perdão. Por tudo
o que eu te fiz quando éramos pequenos. Eu não sabia o quanto isso te magoava.
-
E você veio, depois de nove anos, por quê...?
-
Eu não sei o porquê. Só sei que quando eu te vi sentado na cadeira, as
lembranças de tudo o que eu fiz vieram à tona. Você nem imagina o quanto eu me
torturei por tais coisas.
-
E você nem imagina o quanto eu sofri por sua causa. Nós éramos melhores amigos,
e você simplesmente começou a fazer aquelas coisas comigo. Eu te odiei. Eu te
odiei por muito tempo.
-
Por favor, me dá uma chance? Quero te provar que eu mudei.
-
Não pense que eu vou te aceitar só com um pedido de desculpas. Vai ter que
arranjar outra maneira de se redimir.
-
Se eu arranjar, você me perdoa?
-
Se for convincente o suficiente, quem sabe? – Ele concluiu suas palavras e
continuou andando e arrastando seu amigo, que não havia compreendido o que
acabara de acontecer.
-
Ei, novato. – Uma voz chamou em um canto. – Chega aí.
-
Me chamou?
-
Sim. O que tava falando com o tailandês?
-
Me desculpe, mas quem é você?
-
Meu nome é Taeyong, eu sou... amigo dele.
-
Ah sim, nesse caso...
-
De onde se conhecem?
-
Nós estudamos juntos. Ten se mudou pra Coreia com quatro anos. Ficamos juntos
até os onze, mas eu me mudei e nunca mais o vi.
-
Por que ele tava com um cara esquisita?
-
Eu fazia bullying com ele. Tentei
pedir perdão, mas ele não aceitou. Disse que tenho que me esforçar mais.
-
Bullying? Por quê? Ele é gay desde
pequeno? – Taeyong pronunciou a última frase quase como um sussurro, não sendo
ouvido pelo outro.
-
Não sei. Acho que comecei a gostar dele de uma forma diferente. Fiquei
assustado com isso e acabei descontando nele.
-
Forma diferente?
-
É. Ten era uma gracinha. Pequeno, corpo frágil, cabelos grandes... me lembrava
uma menina. Queria protege-lo, sabe? Você, como amigo dele, não sente isso?
-
Na verdade, não somos muito próximos, colegas de sala, apenas.
-
Você devia tentar se aproximar dele. É uma pessoa maravilhosa. Qualquer um se
sente atraído por ele, homem ou mulher.
-
E você?
-
E-eu? V-você m-me p-pegou d-desprevenido.
-
Você também se sente atraído por ele? – Taeil corou com a pergunta alheia.
-
Eu não sei como eu me sinto. Quando eu o vi, todas as minhas lembranças vieram
à tona, inclusive os sentimentos. Não que eu saiba exatamente o que é. Eu só
quero tê-lo por perto.
-
Não acredito, mais um viadinho pra
esse colégio.
-
Eu não sou gay. Eu não gosto de homens. Eu só... gosto do Ten.
-
Então seja feliz.
-
Não me diga que ele é...
-
Amante de bananas. – Taeil se espantou com a afirmação.
-
Quer dizer que eu não seria rejeitado? Por ser um homem. Já que ele também
gosta.
-
Não seria, mas não o aconselho a se declarar.
-
Por quê?
-
Fiquei sabendo que ele tem alguém de quem gosta.
-
Sério? E você sabe quem é? Só pra averiguar se eu tenho alguma chance.
-
É aquele cara com quem ele sempre anda.
-
O ruivo?
-
Ele mesmo.
-
Eu sou mais bonito e charmoso que ele, tenho chances. Muito obrigado pela
ajuda, Taeyong. Você é uma ótima pessoa. – E assim, ele se retirou também.
-
Por que falou pra ele não se confessar?
-
AI QUE SUSTO, CAPETA. NUM BROTA DO NADA.
Jaehyun
havia observado a conversa fluir de longe, enquanto tomava notas mentalmente.
-
Por que falou que o Ten gostava do Doyoung? Sabe muito bem que ele gostava de
você.
-
É só mais uma das minhas pegadinhas. Não o deixar ser feliz. Além disso, se ele
começasse a namorar, minha vida escolar seria entediante. Ele não seria mais
meu rival.
-
Muito suspeito isso, Lee Taeyong. Tem certeza que foi só por causa disso?
-
Claro! E por qual outro motivo seria?
-
Não sei, por isso te perguntei.
-
Tenho que pregar chiclete na cadeira do Chittaphon antes da aula começar. Te
vejo mais tarde, hyung.
-
Taeyong, Taeyong... o menino tailandês está te afetando mais do que imagina, e
você nem percebe. – Murmurou consigo mesmo.
***
-
Por que você não pede pro Ten ler, professor? – O Lee se concentrava em segurar
a risada.
-
Tudo bem. Sr. Chittaphon, de pé para a leitura, por favor.
Ao
levantar-se, o tailandês se viu olhar de todos na sala. Motivo de piada. Não
havia compreendido até que seu amigo apontou para a substância colada em sua
calça, no meio das nádegas.
-
Ouvi dizer que o Ten dá tanto o cu, que já está arrombado. Ele tem que usar
chiclete pra tampar o buraco e não deixar a bosta vazar.
Taeyong
havia ultrapassado os limites. O professor estava boquiaberto com o comentário
feito por ele. Ten cerrava os punhos e prendia as lágrimas que ameaçavam a
cair. Estava curtindo a rivalidade com o coreano, mas odiava quando tocavam em
sua sexualidade.
Tudo foi muito rápido. Em um milésimo de
segundo, o de cabelos platinados se encontrava ao chão, acariciando a área
ferida. Taeil estava bufando de raiva, em frente à ele.
-
Se você fizer algo do tipo com ele de novo, eu
te mato. – Sua postura de menino bonzinho havia sumido, dando lugar à um
Taeil nunca visto por Ten antes. Um Taeil selvagem.
– Vamos embora. – Ele retirou o casaco e amarrou na cintura do companheiro,
tampando o chiclete que estava grudado.
-
Você foi longe demais, Lee Taeyong. Eu não vou te perdoar por isso. – Doyoung
se levantou também. Tentou ir atrás dos dois, mas ambos já haviam desaparecido
da vista.
***
-
Você está bem? – Perguntou. – Que pergunta idiota, é claro que não está!
Os
dois entraram no banheiro, e o maior trancou a porta, para que ninguém os
interrompesse.
-
O-obrigado. – Conseguiu soltar.
-
Você pode chorar, sabia?
Ten
olhou nos olhos alheios e chorou. Chorou como nunca na vida. Sabia que não se
perdoaria por estar desabando na frente daquela pessoa, mas devido à situação,
ele era seu porto seguro agora.
-
Vem cá. – Taeil tomou-o aos braços. Sua mão direita acariciava os fios negros
do tailandês, que cravou as unhas no uniforme do maior.
-
Me sinto patético por estar fazendo isso. Mostrando esse lado frágil perto de
você. – Pronunciou com a voz abafada, ainda enterrado no ombro do mais velho.
-
Não se preocupe, eu estou aqui com você. Sempre vou te proteger, como nos
velhos tempos.
Chittaphon
se afastou. Enxugou o rosto inchado e trocou olhares mais uma vez com o outro.
Pela primeira vez em anos, ele sentiu um calor interno. Sentiu como se pudesse
finalmente superar Taeyong e se apaixonar novamente.
-
Mas estou indignado. – Pronunciou. – Aquele Taeyong veio falar comigo, disse
que eram amigos. E ele me apronta uma dessas. Que vontade de acabar com a raça
dele.
-
Não se preocupe, Taeil. Ele sempre faz isso. Quero dizer, nós somos uma espécie
de rivais. Sempre pregando peças um no outro. Apesar de que ele passou dos
limites dessa vez. – Disse com pesar, ao se lembrar do ocorrido de minutos
antes.
-
Por que você se envolveu com ele?
-
Não foi escolha própria. Não queria que você tivesse descoberto dessa maneira,
mas eu sou gay.
-
Ele já tinha me falado isso.
-
E você não se importa?
-
Por que eu me importaria? Eu também sou.
-
SÉRIO? – Arregalou os olhos.
-
Sim, mais isso fica para uma outra conversa. Continue contando.
-
Eu fui apaixonado por ele durantes três anos.
-
Pelo filho da puta? Você não gostava daquele ruivo?
-
Doyoung? Não! Somos apenas amigos. Eu gostava do Taeyong.
-
Aquele mentiroso desgraçado. – Praguejou o Moon.
-
Eu me declarei para ele, mas ele me humilhou na frente de todos. Então eu me
vinguei. Arrumei um barraco na frente da escola, e vem sido assim desde então.
-
Você não se cansa?
-
Era legal. Conheci um lado dele que nunca imaginei que conheceria.
-
Não tem nojo das coisas que ele fala?
-
Achei que teria com tudo isso que está acontecendo, mas ele só me fez me
apaixonar mais ainda.
-
Você ainda gosta dele? Depois do que acabou de acontecer?
-
Não. Eu definitivamente o superarei.
-
Eu posso te ajudar com isso.
-
Como assim?
-
Podemos ser namorados, se você quiser.
***
É isso aí galera, espero que tenham gostado!
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Mata Ashita :p
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