Annyeong Brazzangs,
O nosso papo hoje vai ser bem diferente do de costume, não tem relação alguma coma cultura asiática mas vale super apena conferir essa dica! Gente, vocês já estão carecas de saber que quando conheço algo muito bom e legal eu faço questão de compartilhar com vocês aqui e dessa vez não vai ser diferente.
Se você é amante de livros , então vai amar esse livro chamado " O Amor Me Esperava em África", uma história repleta de romance e magia! Mas se você é marujo de primeira viagem e nunca leu um livro, vai se apaixonar por esse livro escrito por Isabel Fomm de Vasconcellos e Luciene de Almeida Figueiredo, publicado pela editora Livrus.
Mas só o que eu disse basta? Claro que não, então confere só um trecho dessa maravilha de livro:
“Adel se lembrava de quilômetros de praias desertas, poucas construções. Tudo mudara. Até a maresia tinha outro cheiro. Mas não se desgostou do que viu. Salvador continuava linda. E tinha ares de modernidade, progresso. O hotel era maravilhoso e nada devia a qualquer cinco estrelas do mundo. Nos dois primeiros dias, enquanto Beth ia cobrir o tal evento, se deixou ficar na piscina do hotel, um grande deck sobre a praia, leu muito, nadou muito e pouco saíram, as duas, à noite. Ambas cansadas. Adelaide, fisicamente, e Beth, moralmente. Reclamava muito dos discursos femininos que ela julgava ultrapassados.
— Mas você sempre foi declaradamente feminista! Sempre trabalhou pela igualdade das mulheres e de outras minorias discriminadas! — Protestou Adel ao ouvir as queixas de Beth.
— Meu Deus, Adel! — Exclamou a amiga — Você não percebe que já estamos num pós-feminismo? Não vê que as mulheres do mundo estão se negando a enfrentar essa tal de dupla jornada de trabalho e aderindo a atividades que lhes permitam ser produtivas em suas próprias casas, com seus filhos, seu universo tão feminino, que passa pela magia da manipulação da matéria...
— Magia da manipulação da matéria?
— Sim, a cozinha! A cozinha, a horta, as plantas ornamentais, tudo isso é alquimia, Adelaide! Alquimia do universo feminino! As mulheres estão redescobrindo o lado bruxa que a fogueira da Inquisição católica roubou delas. Não dou dez anos para que o computador, a informática enfim, transforme muitos lares em “home offices” liberando as mulheres e os homens de um trabalho insano, que passa por um deslocamento insano num tráfego insano. Tudo vai mudar, Adel! Uma nova geração já não quererá saber de trancar-se por oito horas num escritório impessoal. Veja o que já acontece nos Estados Unidos, nas empresas do Vale do Silício, onde cada funcionário faz seu horário, sua carga de trabalho, muitos se deslocam de bicicleta e abandonaram os trajes formais. Esse é o futuro próximo. Nesse futuro as mulheres participarão da vida produtiva como já o fazem hoje, mas sem a angústia de se verem divididas entre a vida profissional e o cuidado dos filhos. Veja quantas mulheres estão se tornando empresárias dentro da sua própria casa, montando oficinas profissionais de costura ou de cozinha ou de artesanato e sendo bem-sucedidas, trabalhando em casa. E, no entanto, eu estou aqui, em pleno ano de 2008, cobrindo uma reunião de mulheres supostamente empreendedoras que praticam o discurso de suas mães e avós feministas dos anos 1960. Não dá!
— Você vai escrever tudo isso? — Perguntou Adelaide.
— Vou — respondeu Beth — Mas tenho certeza que meu editor vai cortar a metade. A revista dele está comprometida com alguns anunciantes que tem interesse nessa organização de mulheres chamadas “de negócios”, cuja matriz, é claro, está nos Estados Unidos. Além disso, as poucas mulheres políticas brasileiras, principalmente as de esquerda, endossam esse discurso feminista e ultrapassado. O pior é que essas mulheres que estão aqui reunidas se acham muito avançadas por terem incorporado em sua briga, pelo o que elas chamam de “empoderamento feminino”, alguns itens feministas. Todas estão cegas, atrasadas, enganadas! O caminho é bem outro! Mas, enfim, melhor mudar de assunto.
E retomando seu ar zombeteiro perguntou à Adelaide:
— Ainda teremos um dia para ficar em Salvador depois do término do evento, que será no almoço de amanhã. Você nem saiu do hotel, quer ir a um desses centros de candomblé que são abertos aos turistas?
Adel sentiu os pelos do braço se arrepiarem:
— Você pirou, Beth? Fugi da África, massacrada pela feitiçaria, e você quer me levar de volta a ela, aqui no Brasil?
— O Brasil é muito mais africano do que os brasileiros admitem. Esses “contentinhos” de agora vivem indo pra Miami e Nova Iorque gastar dólares em bugigangas, mas dentro da alma deles estão todas as raízes da nossa história e a nossa história tem as duas pernas e o braço direito mergulhados em África.
— É, pode ser — disse Adel, já rindo dos exageros e da veemência da amiga — mas eu prefiro o Brasil americanizado. Vamos a um shopping qualquer e depois vamos comer num restaurante baiano. Uma boa comida dos orixás.
— Está vendo? — Disse Beth, com um tapa na mesa — Orixás!
E riram as duas."
Trecho do livro " O AMOR ME ESPERAVA EM ÁFRICA".
Não é lindo? Se você quiser ler outros trechos do livro é só da uma olhada aqui, ficou com vontade de ler mais sobre " O Amor Me Esperava Em África" ? Se você mora em São Paulo não pode perder o bate papo sobre o choque cultural ( Uma brasileira em África) unto ao lançamento do livro, que vai acontecer no dia 30 de Maio na FNAC na Avenida Paulista n. 901 de 19 ás 22 horas!
Mas poxa não sou de São Paulo e quero ler esse livro lindo, como eu faço?
Como o livro ainda não foi lançado ( laçamento dia 30 de Maio), os links para compra online ainda não estão disponíveis mas em breve você vai poder ter um exemplar em sua casa.
Espero que tenham gostado da dica de hoje e bora dar muito amor para " O Amor Me Esperava Em África"!
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