Por Safii-chan
Yoo Minna!
Hoje a história será no ponto de vista de Doyoung, focado nele. Vou contar o que acontecia na Coreia enquanto Ten estava fora. O diálogo do começo ficou meio confuso, mas não tem problema kkkk não é como se fosse algo importante.
Espero que gostem!!!
***
Capítulo IX: Scared to be lonely
- T-Ten? – Taeyong estava em choque. Deixara cair o copo que estava em mãos ao chão.
- Quanto tempo, não é mesmo? – Chittaphon, com um sorriso no rosto, achava que poderia haver alguma chance de ainda nutrir sentimentos pelo outro, mas, ao vê-lo em um estado deplorável, lembrou-se das vezes que sofreu na mão do Lee maior, todas as humilhações e vergonhas que passara no ensino médio. E agora, Taeyong sentia na pele como Ten se sentia: um renegado da família, que trabalharia em empregos suburbanos para se sustentar.
“Ah, como a vingança é doce.” Pensou.
- V-você voltou? – O nervosismo era grande, e este aumentou mais ainda quando o Lee encarou o pescoço alheio, que não continha mais o presente que havia dado.
- Ah, isso aqui? – Ten pôs a mão em sua clavícula. – Deixei de usar o cordão há muito tempo... vejo que você ainda usa. – Apontou.
Taeyong não deixou de notar que o tailandês usava uma aliança, causando-lhe certo desconforto perceptível.
- Ten? – O outro Lee, que até o momento estava em silêncio observando a cena, se pronunciou.
- Ah, Mark, este é Taeyong... o famigerado Lee Taeyong.
- O cara babaca de quem você gostava?
- Ele mesmo. – O coração do platinado apertou-se. Então Ten falava de si para o tal Mark.
- Quem é ele? – Perguntou agressivamente apontando com a cabeça.
- Este é Mark, meu noivo. – Noivo... a palavra ressoou pelos ouvidos do mais velho, atingindo seu coração como uma facada.
- N-noivo?
- É. Algum problema? – Se atreveu o Lee mais novo.
- N-não... nenhum.
- Taeyong? – Uma outra voz, muito familiar para o tailandês, foi ouvida por todos. – T-Ten?
- Taeil?
- V-você voltou quando?
- Tem dois dias... e você, como está?
- Bem...
- Você e Taeyong são amigos agora é? Lembro que se odiavam...
- Na verdade, nós...
- ISSO MESMO. AMIGOS. – Taeyong interrompeu o Moon. – Muita coisa acontece em dois anos. – Taeil desviou o olhar entristecido.
- E quem é ele? – Perguntou Mark mais uma vez.
- Moon Taeil, meu ex.
- Ah.
- E quem é você?
- Mark, noivo do Ten. – Completou o Lee maior.
- NOIVO? MENTIRA, VOCÊ VAI CASAR?
- POIS É MENINO, VOU CASAR.
- PARABÉNS! – Se abraçaram.
- Engraçado que o término de vocês foi bem dramático e agora se comportam como se nada tivesse acontecido. – Comentou o moreno.
- Ah, Taeyong, já faz muito tempo. Sei que nós dois superamos o que aconteceu, não é mesmo, Ten?
- Sim... mas me diga, como foram esses dois anos sem mim?
FLASHBACK ON
Algo dentro de Taeil dizia que se arrependeria de não ter ido ao aeroporto e se despedido de Ten, o namoro de ambos foi algo muito bom para simplesmente acabar do jeito que acabou. Mas por outro lado, sentia uma raiva interior queimando toda vez que se lembrava do tailandês gemendo o nome de Taeyong durante o sexo; nas manhãs seguintes, não fora diferente: vontade zero de ir à escola, até porque sabia que ele estaria lá.
- Taeil... – Disse o ruivo ao esbarrar no outro. – Por que não foi ao aeroporto sábado? Ten ficou muito triste.
- Ele não te contou o que aconteceu? – Respondeu com grosseria.
- Só me falou que tinham terminado e que ele havia feito algo imperdoável, mas que não queria que o relacionamento tivesse terminado daquela forma.
- Humpf. – Bufou. – Não fizesse o que ele fez, então.
- Mas o que ele f-
- VOCÊ! – Uma voz vinda do corredor interrompeu o diálogo.
- Taeyong?! – Indagou quase com uma afirmação.
- Por sua culpa... – Veio andando rapidamente em direção aos amigos. – POR SUA CULPA ELE FOI EMBORA.
- Do que você tá falando?
- O CHITTAPHON! SE VOCÊ NÃO TIVESSE O PEDIDO EM NAMORO NA FRENTE DE TODO MUNDO, ELE NÃO TERIA IDO EMBORA!
- Taeyong, se acalme, não foi culpa do Taeil.
- E você? Se tivesse descoberto que gostava de homens, ou melhor, que gostava do Ten, talvez ele nunca tivesse namorado comigo, e eu nunca o pediria em namoro daquele jeito.
- EU... – Taeyong estava sem palavras. Sabia que, em parte, a culpa também era sua. – ARGH! – Esmurrou a pilastra ao seu lado e saiu batendo os pés.
- Idiota.
- Taeil, o que aconteceu entre vocês?
- Ten foi um babaca, só isso.
***
- Com a vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial sobre as potências do Eixo nazifascista liderado pela Alemanha de Hitler, Império do Japão e Itália de Mussolini, a União Soviética, o principal oponente da Alemanha na Europa, passou a dispor de enorme prestígio internacional, mas teve enormes perdas humanas e mat- - Ouviu-se o sinal que indicava o término das aulas. – Materiais... Bom, para a aula que vem, quero que formem trios e façam um trabalho para apresentar oralmente sobre o socialismo no Século XXI. Me entreguem os nomes dos integrantes do grupo e o país que escolheram falar sobre amanhã, e peguem o roteiro a ser seguido também. Dispensados.
- Doyoung, faz comigo?
- Claro, mas nós precisamos de mais uma pessoa... Minhyuk, quer fazer com a gente?
- Desculpa, Do... Youngjae e Minho já me chamaram pra fazer com eles.
- Ah, tudo bem.
- Doyoung. – Uma figura esbelta se formou na frente do menino. – Posso fazer com você?
- T-Taeyong? – Rapidamente olhou para aquele de cabelos azuis, que parecia não estar gostando da ideia. – S-se o Taeil concordar...
- Ele pode fazer, contanto que não seja um peso morto e faça alguma coisa.
- Não sou assim.
- Ó-ótimo! P-podemos nos encontrar lá em casa! – Doyoung sabia que não seria uma boa deixar os dois em território inimigo. Seria melhor que ficassem em um lugar neutro, como sua casa. – Taeyong, me dê seu número, te passo uma mensagem com o endereço. Taeyong? – Sem resposta. O Lee e o Moon pareciam travar uma batalha visual, na qual seus olhos soltavam faíscas. – Taeyong! – Gritou, despertando o outro do transe, que olhou com uma expressão confusa. – O telefone.
- Ah! Me desculpe, me empreste seu celular. – Doyoung o fez. O moreno digitou alguma coisa e devolveu o aparelho. – Que horas?
- Às 15h?
- Pode ser. Nos vemos lá então. – Encarou mais uma vez o inimigo e retirou-se.
- Vocês não podem ficar assim quando formos fazer o trabalho. Têm que cooperarem.
- Eu não serei um problema. O negócio é ele.
- Não Taeil, o negócio é Ten Chittaphon. E vocês precisam se resolver sobre isso.
***
- Eu me recuso a fazer isso. – Afirmou o maior.
- Ah, qual é, Taeyong? Não é como se estivéssemos pedindo algo absurdo.
- O professor quer que sejamos criativos ao apresentar o trabalho. Achei a ideia do Doyoung sensacional.
- Não podemos apresentar à moda antiga? Sou péssimo atuando. Vou esquecer as falas e passar vergonha na frente de todo mundo. – Desabafou.
- Ah, muitas pessoas se humilharam por sua causa, agora você não quer passar vergonha? Faça-me o favor né? – Cutucou o Moon.
- Pelo menos eu não fui a causa para o meu namorado ir embora.
- Pelo menos eu não fui um gay enrustido por tanto tempo.
- Pelo menos não foi o meu namorado que gemeu o nome de outro enquanto estávamos transando.
- COMO É QUE É? – A situação havia saído do controle. Sabia que a conversa havia atingido um nível pessoal. O ruivo não sabia exatamente como agir. Se sentia como um gatinho indefeso perto de um puma e um leão.
- G-gente, vamos nos acalmar... J-já sei! Vou fazer um chá pra nós. – Disse, se apressando e descendo as escadas.
- Como você sabe disso?
- Deduzi, pelo jeito que você saiu da boate. Além do mais, Doyoung disse que alguma coisa tinha acontecido entre vocês.
- Aonde você quer chegar com isso tudo?
- Em nenhum lugar. Só quero deixar claro que o Ten é meu.
- Virou gay de repente? Como pensa que seu papaizinho vai reagir com tudo isso?
- Ele não precisa saber. E nem você vai contar.
- Claro que não. Não sou babaca a esse ponto.
- Acho bom.
- Mas eu se fosse você, teria cuidado. Depois do escândalo de hoje, as paredes têm ouvidos e boatos correm muito rápido. As pessoas comentam, Taeyong.
- O que quer dizer com isso?
- Fique esperto. Não sou tão bonzinho como o Ten.
- Voltei! – A tensão estava evidente no ar. Doyoung sentiu tremer-se na base. O que havia acontecido entre os dois?
***
- Tchau. – Se despediu de ambos e trancou a porta. Era quase 22h quando foram embora. O ruivo podia sentir seu ar voltando. Era quase impossível respirar com toda aquela atmosfera pesada de intriga e culpa.
Estava se sentindo sozinho. Queria contar tudo para Chittaphon, mas seu amigo estava com seus próprios problemas na Tailândia, não queria incomodá-lo.
“Eu não tenho ninguém”. Esse pensamento passou pela sua cabeça desde que o moreno fora embora.
- Queria ter alguém para conversar. – Quase que instantaneamente, sentiu seu celular vibrar no bolso e, sem saber o motivo aparente, sorriu.
[Jaehy] Hey, é o Jaehyun. Peguei seu número com o Taeyong.
[Doyounggie] Oii, tudo bom?
[Jaehy] Eu que te pergunto... Taeyong me contou que fizeram trabalho juntos, e também falou sobre as discussões com Taeil.
[Doyounggie] Pois é...
[Jaehy] Sei que deve estar triste pela saída do Ten, então se quiser conversar sobre isso.
[Doyounggie] Eu adoraria, na verdade, é o que eu mais preciso nesse momento.
[Jaehy] Posso te ligar?
[Doyounggie] Aham, tem Skype?
[Jaehy] Tenho sim, é jaehyunjungjaehyo.11
[Doyounggie] Vou mandar a solicitação.
[Jaehy] Ok.
[Doyounggie] Recebeu?
[Jaehy] Sim.
[Doyounggie] Vou ligar a câmera então.
Doyoung estava nervoso. Nunca mantivera uma conversa tão longa com o mais velho. Jaehyun parecia uma pessoa legal, pelo menos, quando não estava junto ou ajudando Taeyong.
O moreno não vestia uma camisa, o que surpreendeu o ruivo, que já vestia seu pijama amarelo de Adventure Time.
- Gostei do pijama. – Foi a primeira coisa que o outro falou.
- O-obrigado... – Agradeceu, envergonhado.
- E então, como foi a reunião?
- Bem, já imaginava que as coisas fossem esquentar hoje, por isso preferi que fizéssemos o trabalho aqui em casa, mesmo assim, parece que não deu muito certo. Eles começaram a trocar farpas, até que a coisa atingiu um nível pessoal. Eu tive que levar chá de camomila e uns biscoitinhos pra ver se eles se acalmavam. – Jaehyun riu. A risada dele era tão gostosa... trazia um conforto inexplicável para si, e Doyoung não entendia o porquê. Era como se ele estivesse preenchendo o vazio do Ten.
- E deu certo?
- Mais ou menos. Eles ainda se olharam estranho, mas pelo menos conseguimos terminar o trabalho em paz.
- E sobre o Ten? Como você está?
- Bem mal pra falar a verdade. Não achei que fosse me sentir tão...
- Vazio? – Completou.
- Exatamente. Nunca imaginei que ele fosse tão importante pra mim. É como se uma parte de mim fosse arrancada, sabe? Sinto muito a falta dele, e olha que nem se passou uma semana.
- Nem imagino como você se sente. Sei também que não posso substituí-lo, mas olha, pode contar sempre comigo, ok? – Seu coração disparou. Era tão bom sentir aquele calor de novo, aquele conforto de ter alguém. Mal conhecia Jaehyun, mas pelas vezes que conversaram, sabia que podia confiar no outro. – Eu tenho que ir agora, amanhã a gente se vê no colégio.
- Ok. Também tenho que ir. Boa noite, Jaehyun.
- Por favor, me chame de Jae.
- Boa noite, Jae.
***
Faz seis meses desde que Ten fora embora. É a festa de formatura. Doyoung tem muito a agradecer Jaehyun, pois, sem ele, poderia não ter se graduado desta vez; o Moon e o Lee trocaram farpas o resto do ano letivo, mas nada que fosse preocupante, apenas o normal. Até que eles se aproximaram bastante nos últimos meses, já que tinham duas coisas em comum: a perda de um amor e uma amizade com o ruivo. “Amizade”, se é que a “coisa” que tem com Taeyong possa se chamar assim.
- Seu pai vem?
- Não sei. – Bufou o Lee. – Espero que não. Não quero ter que o ver e me passar por outra pessoa só para agradá-lo.
- Entendi. Viu o Taeil?
- O que tem a peste?
- Ele está acompanhado por um cara. – Sem entender, uma sensação hostil o invadiu. “Como Taeil poderia sair com outro cara se o Ten ainda estava por aí?” Foi o que pensou.
- Oi gente. – Disse se aproximando. – Esse aqui é o Lucas, ele é estadunidense. Está fazendo intercâmbio na Coreia há alguns meses.
- Oi, prazer. – Cumprimentou gentilmente.
- Quem é a figura, Taeil? Seu novo daddy?
- Taeyong, menos.
- Quem é esse garoto?
- Ninguém, amor. Vamos? – O homem de quase dois metros de altura, moreno, com braços do tamanho de uma melancia, olhou feio para o ex-platinado, que revidou o olhar hostil.
- Taeyong, para de implicar com o Taeil. Ele finalmente conseguiu superar o Ten e arranjou alguém bom.
- Não sei, Doyounggie, mas algo me diz que esse cara não é boa pessoa. Santo não bateu.
- Ah, o sujo falando do mal lavado. - Revirou os olhos. - Quer beber alguma coisa? Precisamos celebrar! Finalmente formamos.
- Estou bem. Cadê meu celular? – Bateu as mãos nos bolsos: nada. – Merda, acho que deixei no carro. Já volto.
- Ok.
Doyoung se levantou da mesa e caminhou entre a pista de dança com dificuldade, com objetivo de alcançar o bar.
- Uma caipivodka de limão por favor.
- Vejo que prefere bebidas à moda antiga.
- Jaehyun? – O Jung estava deslumbrante: vestia um paletó grafite de grife, que ia em contraste com os cabelos enegrecidos, que estavam bagunçados. – Olha quem fala, reconheço um Sex On The Beach de longe.
- Do, precisamos conversar, quero lhe contar uma coisa.
- Claro, pode falar.
- Aqui não, podemos ir a outro lugar?
- Claro. – O Kim pegou a bebida que estava pronta e se dirigiu para fora dali acompanhado do Jung. – O que queria conversar? – Perguntou ao dar um gole em sua bebida, apoiando-se ao carro mais próximo.
- Esses últimos seis meses com você foram maravilhosos! Você tem sido um ótimo amigo para mim!
- Digo o mesmo.
- Mas...
- Mas?
- Me desculpe, não consigo vê-lo assim.
- A-assim como? – A ideia de perder um dos únicos amigos que ainda o restava o assombravam. Jaehyun era importante demais para si. Faria de tudo para manter a amizade.
- Só amigos... Doyoung... – Respirou fundo. – Eu gosto de você e se não for para sermos namorados, quero que nos afastemos. – O Kim quase cuspiu sua bebida ao ouvir aquilo. Começou a rir, o que deixou o amigo confuso.
- Por que está rindo? – A ideia de perder Jaehyun o matava por dentro, então, por um lado, estava feliz que não era disso que se tratava, por outro, estava confuso, pois não sabia como se sentia em relação ao amigo. É fato que ele gosta demais do moreno, mas não sabe se essa admiração que tem é algo romântico.
- Por nada. – Franziu o cenho e cessou o riso. – Eu preciso pensar. Pode me dar alguns dias?
- Claro, quanto tempo for necessário. – O moreno se aproximou ao ouvido alheio, sussurrando: - Só não demore muito, não sou paciente, se é que me entende. – Finalizou as palavras, deixando-o sozinho.
Quando estava prestes a retornar à festa, o Kim ouviu um grito. Desesperado, perseguiu-o até alcançar a origem do som: Taeil estava jogado no chão, em prantos, enquanto Taeyong batia em um outro cara com uma chave de boca. Ao ver aquela quantidade de sangue, Doyoung cambaleou. Correu para atrás de um carro e se escondeu. Foi quando viu uma cena que nunca imaginaria ver: Taeyong tomando Taeil em seus braços, abraçando-o e consolando-o.
- Vai ficar tudo bem, Tae, eu estou aqui. – Disse, enquanto acariciava os fios azulados do menor.
FLASHBACK OFF
- Esses dois anos sem você? Foram monótonos. - Interrompeu o ruivo.
***
É isso aí galera, espero que tenham gostado!
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Mata ashita! :P
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