Yoo Minna!
Este capítulo está bem curtinho, é só para introduzir o Mark na história. Espero que gostem, ele está bem engraçadinho!
***
Capítulo VI - My new life
Ten estava nervoso com seu
primeiro dia de aula na escola nova. Se mudara para a Coreia do Sul muito novo,
não lembrava de seus colegas de infância. Tinha medo de não conseguir se
adaptar, já que era o meio do ano letivo, contudo, para sua surpresa, foi comunicado
de que outro aluno havia pedido transferência, trocando de colégio naquela
mesma semana. Pensava se conseguiriam se dar bem; a saudade de seu melhor amigo
era imensa. Taeyong, por quem sempre fora apaixonado, também lhe ia à mente.
Jaehyun, com seu jeito esquisito, mas extremamente educado, e Taeil. Ah, Moon
Taeil. Lembrava-se da briga que tiveram nas noites que antecediam sua viagem de
volta. O garoto não aparecendo ao aeroporto; pensava se o veria novamente algum
dia.
Era manhã de uma segunda-feira qualquer,
quando o moreno entrou na sala e foi o alvo dos olhares de muitas garotas.
Sentia pena por elas, “infelizmente, não posso corresponde-las”, pensou. Queria
evitar maiores cerimônias, então sentou-se na cadeira mais isolada da sala.
Perguntou ao colega ao lado se havia alguém ali, mas este negou.
Era muito estranho para ele
voltar a falar tailandês. Se acomodou tanto com o coreano, que às vezes, mesmo
com as diferenças linguísticas, parava para raciocinar se aquela era mesmo
a
palavra que precisava usar.
- Bom dia, classe. – Ao ver o
professor adentrar à sala, Chittaphon se encolheu. – Nós temos dois alunos
transferidos. Um do nosso país vizinho, Coreia do Sul, e outro que veio do
outro lado do mundo, Canadá.
“ Canadá? ” Ouviu-se os alunos
comentando. “ Por que diabos ele sairia de um país tão desenvolvido e vir morar
justo aqui? ” Foi uma das questões que fez a si mesmo.
- Parece que o aluno da Coreia do
Sul não veio hoje... estranho. Me falaram que ele estava no colégio. – Ten espremeu-se
mais ainda. – Enfim, entre por favor. Alunos, este é Mark Lee.
O professor apontou para a porta
e um garoto, que Ten podia jurar não ter mais que 16 anos, entrou. Ele vestia o
uniforme amarrotado, com a camisa branca para fora da calça. O sapato social
desamarrado e uma mochila preta da Nike – que não parecia conter mais que um
caderno e um estojo – pendurada no ombro direito. Seus cabelos eram castanhos
em um tom mel, com os olhos de mesma cor. Mesmo com o corpo magro e baixa
estatura, o garoto arrancou suspiros da turma, que se deliciou em seus olhos
grandes, típicos de ocidentais.
- Muito prazer. – Falou entre uma
mascada de chiclete. – Cuidem muito bem de mim. – Gritos foram ouvidos em todos
os cantos da escola, já que as meninas estavam histéricas.
“ Meu Deus. Ele nem é isso tudo. ”
Bufou. O Lee rodou os olhos pela sala, que logo se encontraram com os de Ten. “
Eu? ” Gesticulou. O menino sorriu, causando estranheza no outro.
- Oi. Eu sou o Mark. – Disse se
aproximando.
- Eu sei. Eu ouvi.
- Você também é novo aqui, certo?
- Como você sabe?
- Eu te vi no dia que vim fazer
matrícula. – Chittaphon soltou um “Ah” decepcionado e deu de ombros. – Qual seu
nome?
- Ten Chittaphon.
- Ten? Igual a dez em inglês! –
Revirou os olhos. O tailandês odiava quando faziam essa piada. – Não gosta do
seu nome? Vou te chamar de Dez, então!
- O problema não é meu nome. É
compará-lo ao numeral. Acho isso retardado.
- Desculpa. – O moreno estava
concentrado em acariciar seu anel, o que chamou a atenção do canadense. – Anel de
compromisso? – Perguntou, apontando para o cordão.
- Ahm? – Ten olhou para seu
próprio pescoço e suspirou. Tocar o anel virara algo rotineiro, que nem
percebia quando o fazia. – Quem dera. – Sussurrou.
- O quê?
- Não é de compromisso. Uma
pessoa muito importante que me deu.
- Dado pelo fato de que você veio
transferido da Coreia do Sul, acredito que essa pessoa ficou para trás, não é
mesmo? – Chittaphon estava intrigado. Como essa pessoa, que acabara de
conhecer, o conhecia tanto? Mais até que seus familiares?
- S-sim. Infelizmente.
- E pelo fato de não estar em seu
dedo significa que ou vocês terminaram, ou nunca estiveram juntos. – Aquilo atingiu
o nosso protagonista como uma bigorna em suas costas. Estava com raiva, queria
bater naquele folgado, mas sabia que estava certo. Apesar de Taeyong ter se
confessado para ele, nunca tiveram nada.
- Nunca estivemos juntos. –
Desabafou entristecido.
- E esta pessoa é um cara?
- O q-quê?
- Sabe, um gay conhece outro...
- G-gay? E-eu? – Definitivo. Ele
odiava aquele garoto canadense por te entender tanto.
- É. Você, eu... sabe como são as
coisas...
- E-eu não sou gay. – Mentiu.
- Ah, não? Desculpa, então. Mas
eu sou.
- Que desperdício. As meninas
ficaram gritando por você, mas tu gostas é de rola mesmo.
- Rola? – Mark caiu em risada. –
O que é isso?
- Ah, esqueci que você aprendeu a
falar tailandês agora. Rola é piroca, pau, pênis, intimidade masculina...
entendeu?
- Ah sim... nesse caso, eu gosto
de rola. – Ten chorava de rir.
- Ei, vocês dois aí atrás, menos
por favor. – O professor chamou-lhes a atenção.
- Desculpa. – Pediram em unânime.
Com o fim da aula se aproximando,
os dois trocaram números de telefones e, depois de muita insistência de Mark
para que levasse Ten em casa, os dois seguiram caminhos distintos.
[Relâmpagos Markinhos] Já chegou em casa? J
“ Relâmpagos Markinhos. ” Riu
consigo do nome que o amigo gravara em seu celular.
[10] Sim. Acabei de chegar...
[Relâmpagos Markinhos] Vai jantar o quê? Sinto falta da comida
ocidental!! L
[10] Não sei ainda. Tenho que esperar meu pai chegar do trabalho para
minha mãe ver o que ele quer comer.
[Relâmpagos Markinhos] Sua família parece ser bem conservadora e
tradicional.
[10] Quer parar de tentar adivinhar como a minha vida é?
[Relâmpagos Markinhos] Só disse porque você deve ter problemas com a
sua sexualidade... eles sabem?
Chittaphon parou antes de
responder à pergunta. “ Como explicar que eles sabem, mas fingem não saber? ”
Antes que pudesse digitar, seus pensamentos foram interrompidos pela vibração
de seu celular, mais uma mensagem do canadense.
[Relâmpagos Markinhos] Se não quiser responder, não tem problema. Meus
pais também não aceitaram bem no início, mas eles não podiam renegar um filho,
certo?
[10] O ocidente é muito mais evoluído que o oriente. Infelizmente, meus
pais não são assim. Eles podem muito bem me renegar, até porque eles têm outros
três para ocuparem a minha posição.
[Relâmpagos Markinhos] Você tem três irmãos? Que legal! Eu tenho um
mais velho, só que não temos contato.
[10] Tenho quatro. Três mais novos e um que já é casado e tem filhos.
[Relâmpagos Markinhos] Deve ser tenso sempre ser comparado ao seu
irmão, que é hétero.
[10] Eles nem nos comparam muito... o pior é quando eles dizem que eu
não sou um bom exemplo pros mais novos, só porque eu sou gay.
[Relâmpagos Markinhos] Ahaaa, então você se assume!
[10] Achei que já soubesse disso.
[Relâmpagos Markinhos] É, mas queria ouvir da sua boca.
[10] Idiota. Meu pai chegou, tenho que ir.
[Relâmpagos Markinhos] Ok, vai lá! :3
[10] Até amanhã.
***
É isso aí galera, espero que tenham gostado!
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Mata ashita! :P
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