Yoo-Minna-san!
Desculpa estar postando atrasado, mas ontem meu dia foi muito corrido.
Espero que gostem!!
***
Capítulo II - Love those who love you
- O
quê quer dizer com isso? – Perguntou espantado.
-
Taeyong te provoca muito, certo? Se você estiver comigo o tempo todo, eu
poderei te proteger dele. Tenho certeza que depois do soco que levou, não vai
dar as caras para mim durante um bom tempo.
-
Sério? – Ten, ao contrário do que Taeil pensou, não parecia alegre com a ideia.
-
Claro!
-
Hm. – O tailandês, apesar de ter dito tais palavras – que não se deixaria
apaixonar pelo Lee – se sentia receoso em saber que não seria mais perturbado
por ele.
Ten
gostou da mesma pessoa por três anos. Sendo que esta sempre esteve ao longe. As
disputas que os dois tinham era o mais próximo que ele poderia chegar ao
coreano.
Chittaphon
se considerava masoquista por ter pensamentos como este: estar ao lado da
pessoa que ama, à qualquer custo, mesmo que isso o machucasse.
-
Não sei... As pessoas não sabem que você é gay, Taeil. Se começarmos a namorar,
mesmo que falsamente, você também ficará mal falado. E como acabou de chegar,
não quero que isso aconteça.
Taeilportou-se
de forma diferente. Sorriu de orelha a orelha ao ouvir as palavras do menor.
-
Não acredito... Depois de tanto tempo, você não mudou mesmo.
- Do
que está falando? – Indagou, confuso.
- Você
sempre se preocupou demais com as pessoas. Mesmo que eu tenha judiado de ti na
infância, você continua se preocupando com o meu bem-estar.
-
Mas isso é óbvio! Não quero que ninguém se prejudique por minha causa.
- Eu
não ligo pro que as pessoas ao nosso redor vão dizer. Contanto que eu esteja sempre
ao seu lado.
Ten
corou com a afirmação do outro. Se sentiria muito mais confortável se tivesse
se apaixonado por Taeil e não pelo playboy.
-
T-tudo bem. – Gaguejou. – Seremos namorados falsos então. Pelo menos até que
Taeyongse esqueça de mim. – Palavras duras, mas bem ditas e realísticas.
-
Começando a partir de agora, então?
-
S-sim. – Ajeitou uma mecha caída em seu rosto.
-
Vamos sair daqui. – Taeil esticou seu braço e Ten o segurou, saindo ambos de
cabeça erguida do banheiro.
No
meio do caminho para a sala, encontraram um Doyoung perdido e preocupado.
-
Por onde vocês andaram? – Sua fala se interrompeu ao reparar nos dois de braços
dados. – E por que estão tão íntimos assim?
-
Estamos juntos. – Os dois se entreolharam e riram em unânime.
-
JUNTOS? Mas até duas horas atrás você guardava mágoa dele!
-
Pois é, pra você ver como o mundo dá voltas.
Entrando
na sala, foram alvos de olhares de todos os alunos. O Lee não se encontrava
ali, nem o professor. Provavelmente foram à diretoria, e mais uma vez o coreano
sairia impune por suas ações, já que seu pai financiava boa parte da verba da
escola.
Não
muito tempo depois, ele também retornou, com o mesmo olhar prepotente de
sempre, que logo se desfez ao se dirigir ao novo casal.
Preferiu
não dizer nada. Simplesmente, sentou-se de cara emburrada, e assim permaneceu o
resto do dia.
***
-
Ouvi dizer que o pai dele o safou mais uma vez. – Doyoung afirmou.
-
Claro. O pai dele é outro homofóbico. Provavelmente quando soube que o filho
seria punido por ter ofendido um cara gay, o defendeu com unhas e dentes. Todos
os dois acham que ser homossexual é uma doença. – Completou o tailandês.
-
Isso é muito triste... Saber que ainda existem pessoas com esse tipo de
pensamento em pleno século XXI me faz descrer cada vez mais na humanidade. –
Taeil finalizou.
-
Nós devemos ir agora, Doyoung. A gente se vê segunda. – Ten se despediu.
-
Digo o mesmo. Até segunda. – Repetiu.
-
Até. Bom encontro para vocês. – Desejou o ruivo.
-
Obrigado. – Falaram em uníssono.
***
O
primeiro encontro falso dos dois seria no parque de diversões da cidade. Desde
pequeno, Ten adorava ir em um lugar como aquele. Já o mais velho, não se sentia
tão bem assim.
-
Vamos naquele brinquedo ali. – Apontou entusiasmado.
-
Outra montanha russa? Nós acabamos de ir em uma!
-
Você é muito medroso, Taeil.
-
Não é questão de medo, eu só... – Se interrompeu ao ver uma barraca que chamara
sua atenção. – ALI. VAMOS ALI.
-
Tiro ao alvo? Chatooooo. – Cantarolou.
-
Escolha um prêmio. Conseguirei pra você.
- Hmm,
gostei do urso polar. Aquele grande ali.
-
Ok. Espere aqui.
Taeil
entregou o ingresso para o atendente, que o retribuiu com uma arma de
brinquedo, preenchida por chumbo.
Destravou.
Mirou. Atirou.
Uma
lata foi atingida.
Destravou.
Mirou. Atirou.
O
centro do alvo foi atingido.
‘Se
conseguir acertar a bolinha de gude, o maior prêmio é seu.’ Disse o dono.
Destravou.
Mirou. Atirou.
Uma
bolinha de gude destruída.
-
Aqui. – Retornou com o urso em seus braços. – Seu prêmio.
-
Wow! Você é incrível! Não sabia que tinha uma mira tão boa.
-
Meu pai é militar. Ele sempre me levava no quartel e treinávamos tiro. Daí a
minha experiência.
- Entendi.
Mesmo assim, você tem talento! Não conseguiria se tornar tão bom em tiro em tão
pouco tempo.
- É,
talvez esteja certo. – Taeil congelou.
Ao
longe, cabelos, que um dia foram platinados, se encontravam negros como sua
alma. Com o olhar penetrante, Taeyong os encarava freneticamente. Nem se
importou em saber que Taeil havia notado-o.
-
Pensando bem... Acho que vou aceitar ir na montanha russa agora. – Agarrou a
cintura de Ten, e arrastou-o até a fila do brinquedo, que não estava mais
cheia.
‘O quê
ele está fazendo aqui? E por quê está nos encarando?’ Pensou.
***
Na
segunda-feira, os dois haviam combinado de entrar juntos. O coreano estava
esperando o companheiro no portão, quando sentiu um calafrio percorrendo seu
corpo: estava sendo observado.
Procurou
desesperadamente pela origem do arrepio, até que encontrou uma sombra encostada
em uma das pilastras do prédio. Mais uma vez, o Lee os observava.
-
Oi! – Ten cumprimentou.
-
Oi, bom dia. – Retribuiu.
-
Vamos entrar?
-
Vamos.
O
moreno olhou para a sombra, só que ele não se encontrava mais lá.
Dentro
da sala de aula, o tailandês se divertia com o melhor amigo, mas seu namorado
estava inquieto: mais um vez, Taeyong os encarava.
Ele
estava cansado disso. Precisava falar com o platinado – atual moreno – o mais
rápido possível.
***
-
Taeyong! – Gritou pelos corredores. – Precisamos conversar.
Quando
o outro virou, Taeil conseguiu perceber uma região arroxeada, onde havia desferido
o golpe, ainda à mostra, o que o fez rir consigo mesmo.
-
Não tenho nada pra falar com você. –Respondeu frívolo.
-
Mas eu tenho. Por que anda seguindo e observando a mim e ao Ten? Está
decepcionado por ele ter desistido de brincar em seus joguinhos? – Taeyong
continuava com a mesma expressão indiferente.
-
Não estou seguindo vocês. Aconteceu de estarmos no mesmo lugar e na mesma hora.
Nossos olhares apenas se encontraram.
-
Não quero saber. Pra mim você estava nos seguindo. – O mais velho puxou o outro
pela gola da camisa, encostando as testas. – Se você ousar chegar perto do Ten
de novo, ou fizer alguma coisa para ele, vai desejar ter levado apenas um soco
no rosto como da última vez. – Finalizou suas palavras soltando-o. Retornou à
sala de aula, se deparando com um Ten chorando. – O quê foi?
-
Foi ele. Sempre é ele. – Doyoung estava mais furioso do que nunca.
-
Ele quem? O que aconteceu?
-
Aconteceu isso. – O ruivo virou a cabeça do tailandês abruptamente, mostrando a
lateral do cabelo, que se encontrava cortada. – Eles pegaram o Ten desprevenido
no banheiro e rasparam o cabelo dele.
-
Quem fez isso? – Taeil cerrou os punhos. – Vou acabar com ele.
-
Foram os capachos do Taeyong. – Suspirou.
-
TAEYONG? AQUELE DESGRAÇADO...
-
Deixa ele, Taeil. É só cabelo. Vai crescer. – Ten enxugou as lágrimas.
-
Como posso deixá-lo sair impune? Você está aí chorando!
-
Estou chorando porque eu não sei como fui me apaixonar por ele. Como posso ser
tão trouxa?
-
Nós não escolhemos quem amamos. Do mesmo jeito que eu não escolhi gostar de
você. – Confessou.
- Do
que você está...
-
Vem. Tem um salão aqui perto, vamos acertar esse cabelo. – Interrompeu o de
cabelos azuis.
-
Agora?
-
Sim. Doyoung, quando o Lee aparecer, dê a sentença de morte. Antes, os dois disputavam,
agora sua briga é comigo.
-
Pode deixar. – Os dois se levantaram e
foram andando abraçados, até que o ruivo chamou-o. – Taeil!
-
Sim?
-
Cuide bem dele.
- Eu
sei.
Os
dois não voltaram à escola naquele dia. Apenas aproveitaram a presença um do
outro, tentando esquecer do incidente.
***
Ten
havia raspado as laterais do cabelo, o que lhedeu um ar mais másculo que o
normal. As meninas encaravam-o surpreso, enquanto Taeil tentava as espantar.
-
Você ficou tão bem com esse cabelo que todo mundo está te elogiando. – Comentou
Doyoung.
-
Ele fica bem de qualquer jeito. Se estivesse careca estaria bonito.
-
O-obrigado. – Agradeceu envergonhado.
- Oi
gente! – Jaehyun aproximava-se alegre.
- Argh,
o melhor amigo do playboy.
-
Belo apelido, Do.
-
‘Do’? Que intimidade é essa?
- A
mesma de sempre. Gostei do apelido, mas prefiro que me chamem de Jaehyun. – Deu
uma piscadela.
- O
quê você quer? – Falou friamente.
-
Queria esclarecer umas coisas sobre o Taeyong.
-
Nem sei porque se deu o trabalho de vir aqui. Nós não queremos saber dele. – A
maneira como Ten falou, espantou a todos ali presentes. Ele finalmente estava
superando sua paixão platônica.
- Eu
quero ouvir. – Disse Taeil, causando indignação nos outros dois.
-
Muito bem. Por que não nos sentamos ali?
Jaehyuncomeçou
a contar desde o início. Literalmente.
Ele
contava sobre como a mãe dele havia morrido e o pai enlouquecido.
‘A
mãe de Taeyong era um doce. Ela amava o filho. Ele era muito mimado por ela
também. O pai, apesar de distante, sempre possuiu sentimentos muito fortes pela
esposa. Até que um dia, ela apareceu doente e acabou falecendo, o que devastou
a família e os amigos, já que ela era muito querida. Foi quando o pai dele
mudou. Começou a ficar rígido e disciplinado com o filho. Introduziu
pensamentos conservadores na cabeça dele, e por isso é tão alienado.’
Os
três escutavam atentamente, mais ainda, o de cabelos azuis, que parecia ter se
identificado com o passado do outro.
‘Taeyong
é uma boa pessoa. Ele faz as coisas sem pensar, mas ele tem bom coração. Sei
que aquele dia ele passou dos limites, mas ele está arrependido. Ele tentou
seguir o Ten para poder pedir desculpas, coisa que ele quase nunca faz.’
O
final da história surpreendeu a todos. Taeyong arrependido?
- Se
ele ficou tão arrependido assim, por que mandou os capachos cortarem o cabelo
do Ten? – Indagou frustado.
-
Capachos? Cortar o cabelo? Do que vocês estão falando? Taeyong não fez nada
disso.
-
Eles rasparam uma parte da cabeça dele. –Doyoung apontou para a lateral do
cabelo alheio.
-
Fizeram isso com você? Achei que você tinha cortado por estilo, sei lá.
- Eu
raspei porque meu cabelo estava torto. –
Finalizou.
-
Olha, eu sinto muito, mas posso te garantir que não foi ele quem fez isso ou
mandou fazer.
-
Como pode ter certeza? Você não fica junto dele vinte e quatro horas por dia! –
Comentou.
- Eu
sei porque ele está dormindo esses dias na minha casa. Seu pai, agora que sabe
da existência de um gay na nossa escola, vai fazer de tudo para tirar o Ten
daqui. Ele odeia homossexuais e acha que isso pode afetar o filho dele. Como
uma doença contagiosa.
-
Ainda não entendi porque ele está na sua casa.
- O
pai dele pode obriga-lo a fazer coisas horríveis com o Ten, mas ele não quer
fazer, por isso está evitando ficar em casa o máximo possível.
- Então,
quer dizer que quem mandou os caras para cortar o cabelo do Ten, não foi o
Taeyong, e sim o pai dele?
-
Possivelmente. Fazendo o Ten odiar o Taeyong, ele consegue manter o filho dele
longe de gays, que ele tanto considera escória. Mas o meu amigo já está farto
disso tudo. Ele só quer pedir desculpas para você.
- Não
sei se desculpas serão o suficiente. – O moreno cruzou os braços.
-
Ah, qual é? Se você não aceitar as desculpas dele, te aconselho a sair do
colégio, porque só o Taeyong consegue segurar a barra do pai, para ele não te
infernizar. Ese você acha que Taeyong é um capeta, não conheceu o verdadeiro
demônio, tal pai, tal filho.
- O
que você quer que eu faça então?
-
Ele vai te esperar hoje no ginásio às seis horas. Vá sozinho.
-
Isso parece mais uma intimação, não um convite de desculpas.
-
Não se preocupe, só esteja lá. – Jaehyun terminou, e se levantou da mesa.
Reverenciou a todos e saiu.
-
Você vai mesmo? – Taeil perguntou preocupado.
-
Vou né. Tenho que acabar com isso de uma vez por todas.
***
Já
eram seis e onze. Ten estava cansado e nada de Taeyong aparecer. Até que um
menino vem correndo e avisa que ele o aguardava no depósito, fazendo o
tailandês se dirigir até lá.
-
Olá? Tem alguém aí? –Gritou. – Olá?
Um
barulho estrondoso foi ouvido por Ten, como se alguma coisa havia caído ao
chão. Ele virou para trás, mas não havia ninguém.
-
Taeyong, se isso for algum tipo de brincadeira, não tem graça. Eu só vim aqui
aceitar as suas desculpas.
A
porta do depósito bateu. Ten correu na direção e começou a bater nela, gritando
por ajuda para que alguém abrisse-a.
-
Ninguém vai te ouvir. Todo mundo foi embora. – Uma silhueta saiu em meio às
sombras, assustando nosso pequeno.
-
Quem é você? – Gaguejou apavorado. – E cadê o Taeyong?
-
Ele foi embora. Nós dissemos que você não queria se encontrar com ele, porque
nunca iria aceitar o pedido de perdão. E assim ele foi embora, puto.
-
Por que fez isso?
-
Para ficar às sós com você.
-
E-era só ter me chamado para conversar, não precisava ter armado isso tudo. – O
homem de aproximava cada vez mais, pressionandoTenna parede.
- Eu
sei que você é gay. Então vai gostar disso que eu vou fazer agora. – Ten
prendeu a respiração quando o desconhecido o jogou abruptamente ao chão.
Ele
se agachou por cima do menor, e começou a retirar as peças de roupa dele,
enquanto segurava os braços alheios com força sobre a cabeça.
Ten
gritava por ajuda, mas quanto mais ele forçava a garganta, mas sua voz se
esvairia junto da esperança de ser salvo.
A
língua do homem percorria os mamilos de Ten, que chorava horrorizado.
-
TAEYONG! – Gritou. – ME AJUDA!
Em
um estalo, uma outra silhueta arrombou a porta com um chute.
O
tailandês estava quase desmaiando antes de ver a pessoa batendo em seu
estuprador. Ele foi coberto pelo casaco do outro, e carregado pelos braços até
o lado de fora.
-
Taeyong...
***
É isso aí galera, espero que tenham gostado!
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Mata ashita! :P
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