domingo, 19 de fevereiro de 2017

ESPECIAL: FANFIC {CAPÍTULO IV}

Por Safii-chan

Yoo Minna!

Estou fazendo a postagem atrasada porque o meu tio faleceu sexta-feira, sábado teve o velório e o enterro, enfim, estou de volta!

***

Capítulo IV - Am I gay too?



Ten acordara desorientado, ainda sem entender o que havia acontecido. Ao seu redor, dois pares de olhos curiosos o encaravam. 

T-Ten! Que bom que acordou, já estava ficando preocupado. – Exclamou o menino de cabelos avermelhados.

Doyoung? – Gaguejou o enfermo.

- Sim.

Ten... – Taeil estava com o cenho preocupado, seus olhos cheios de lágrimas. – Eu juro que vou acabar com a raça da pessoa que fez isso com você.

- Comigo? O que tem eu? – Em um flash, o tailandês se lembrou do que acontecera:

Estava indo de encontro a Taeyong, mas acabou por cair em uma cilada, quase sendo estuprado por um desconhecido, mas alguém o salvara.

TAEYONG! – Gritou despertando a si próprio dos pensamentos.

Qual a desse cretino? Se ele estivesse lá, nada disso teria acontecido. – Bufou o Moon.

- Mas ele estava lá, ele... ele me...

Por sorte o Jaehyun estava por perto e ouviu seus gritos. Ele que o trouxe para cá. Ficou com você até chegarmos.

Jaehyun? – Ten estava confuso. Em sua mente, tinha a convicção de que a pessoa que o salvara era sua paixão, não Jaehyun.

- Sim. Ele foi pra casa. Amanhã devemos agradecê-lo propriamente. 

Entendo...

***

Jae! – Taeyong corria afobado atrás do amigo. – Por que está me ignorando? – A pergunta alheia fez o outro parar abruptamente, causando estranheza no Lee.

- Você é sonso? Ou é babaca mesmo? – Perguntou furioso.

Do que está falando? 

- Não se faça de bobo, Taeyong. Eu sempre te apoiei nas brincadeiras, mas a de ontem foi demais. Nem era pra ser considerado uma brincadeira. 

Desculpa, mas eu não sei do que você está falando. 

- Você é extremamente manipulador. Conseguiu me convencer de que estava arrependido pelo o que fez com o menino tailandês, mas você só queria mesmo é pregar mais uma peça!

Jaehyun, eu não sei do que você está falando, mas eu realmente me senti mal pelo o que eu fiz, tanto que pedi para encontrá-lo ontem.

- Mas você não foi encontrá-lo, você armou uma pegadinha escrota para ele.

- Não, eu não armei nada, eu nem sei do que você está falando! Olha... – Respirou fundo antes de continuar. – Eu fiquei esperando ele, só que aí um garoto disse que vinha à mando do Chittaphon, e que trazia uma mensagem dele pra mim: não iria me perdoar, muito menos me encontrar no ginásio. Então eu fui embora.

Para de mentir, TaeyongTen ficou de esperando até tarde no ginásio.

- Mas o garoto disse que...

- Não tem garoto nenhum! Ele ficou te esperando igual a um idiota, e por sua culpa ele quase foi estuprado! 

- ESTUPRADO?!

- Não aja como se a culpa não fosse sua, sei que você armou isso. Por sorte, eu fiquei na escola até tarde e escutei os gritos dele de socorro.

- M-mas... eu juro que não tenho nada a ver com isso! 

- Sem “mas”. Eu cansei de você. Não me procure enquanto ainda for escroto desse jeito.

Jaehyun terminou as suas palavras deixando um Taeyongarrependido e confuso para trás.

O Lee voltou para a sala de aula, sendo alvo dos olhares e fofocas de todos.

- Mas que porra...? – Sussurrou consigo mesmo. 

Ele encarou Ten, que desviou o a visão entristecido. Seu coração desacelerou naquele momento. 

‘Que aperto esquisito é esse que eu tenho no meu peito?’ Pensou.

- Bom dia, classe. – O professor também entrara na sala. Antes de começarmos a aula gostaria de fazer um anúncio: a feira de cultura do colégio está chegando, e como vocês já sabem, as turmas terão que organizar uma sala temática. Preciso saber se alguém tem alguma sugestão.

Por quê não fazemos uma ‘Casa mal-assombrada’? – Sugeriu um dos alunos.

- A outra turma já fará esse tema.

- Que tal um café cosplay? Nós podemos nos vestir de personagens que gostamos.

- Gostei da ideia do café, mas as fantasias sairiam muito caras. – Retrucou o professor.

- Que tal um ‘maid café’? – Sugeriu Ten. 

- O que quer dizer com isso? 

- É um café onde as meninas se vestem de empregadas e servem os clientes.

- Adorei a ideia! O problema é que não temos muitas meninas...

- Então nós podemos trocar! Os homens se vestem de empregadas e as meninas se vestem com terno e gravata! 

- Eu me recuso a vestir roupa de mulher. – Afirmou o Lee, contrariando o tailandês, que mais uma vez desviou o olhar entristecido.

- Então vamos fazer assim: nós elegeremos três ou quatro meninos da sala que vocês acham que ficariam bem de empregadas.

- Como assim, professor?

- Peguem um pedaço de papel e escrevam o nome do aluno que vocês achem que ficaria bem de mulher. Os três mais votados se vestirão. Pode ser? 

- Tudo bem! 

Os alunos acataram ao pedido do mestre: cada um arrancou uma parte de uma página de seu caderno e anotou o nome do aluno que, em sua opinião, era o mais afeminado e adequadoa usar o vestido. 

Taeyong nem hesitou em colocar o nome do tailandês, já que este último era bem claro sobre sua opção sexual, assim ele achou que Chittaphon ficaria feliz em se vestir de mulher. 

‘Por que eu quero que ele se sinta feliz?’ Indagou a si mesmo.

O professor contou cada nome: dos 30 alunos da sala, 28votaram no Ten. Os demais, que receberam um voto respectivamente, foram automaticamente indicados. 

Involuntariamente, o Lee sorriu com o resultado, mas estava enganado quanto à posição de seu inimigo. 

Isso não vale! – Berrou Ten. – Vocês só me escolheram porque eu sou gay! Só porque eu gosto de homem não significa que eu queira ser mulher! 

- Calma, Ten, não podemos fazer nada! Você foi escolhido e ponto.

- Não está indignado com isso, Doyoung?! Alguém votou em você, também vai ter que se vestir de mulher!

- Eu votei em mim mesmo. – Suspirou. 

- Por quê? 

- Eu achei que iria aliviar a sua barra, sei lá. Mas obviamente o meu voto não foi o suficiente.

- Muito idiota!

Chittaphon sentou-se e cruzou os braços, irritadiço com o resultado da votação.

***

Depois da aula, o Lee procurou o tailandês por todos os lugares, até que finalmente encontrou-o na enfermaria, cuidando dos machucados em seus lábios.

Chittaphon! – Exclamou. – Eu queria...

- Nem ouse terminar a frase, Taeyong

- Mas eu queria...

- Eu sei que não foi você quem planejou aquilo comigo ontem.

- Que bom, eu queria mesmo saber se...

- Mas eu acredito que você já fez o suficiente para me prejudicar, então não aceitarei suas desculpas.

- Você não entende, eu realmente...

- EU JÁ DISSE QUE NÃO PORRA. – Levantando o tom de voz, Ten assustou o maior, que já se encontrava com os olhos cheios de lágrimas. O menor caminhava em direção à porta, quando uma mão, impedindo-o de continuar, se agarrou à sua. 

Ten... – A voz profunda de Taeyong invadiu os ouvidos do tailandês, que teve seu corpo paralisado. Era a primeira vez que o Lee o chamava pelo primeiro nome. - ... por favor.

Em um ato de coragem – mesmo não sabendo de onde tirou-a – Ten afastou-se, também emocionado.

***

Dias depois...

A Feira de Cultura havia chegado. Ten e Taeyong não se falaram desde então. Quando os olhares se cruzavam, o que raramente acontecia, rapidamente desviavam a atenção para outro objeto. 

Os meninos vestiam ternos e ajudavam a arrumar a sala, quando uma figura esbelta que entrara indignava a todos.

Taeyong ouviu murmurinhos no lugar, mas não estava interessado no que acontecia. Sua atenção foi atraída quando um dos sussurros se tornou uma palavra nítida muito conhecida para ele: Ten.

O Lee olhou para a direção da figura que arrancava admiração de todos: um ser alto e magro, que confundia a todos sobre seu real sexo.

Ten usava uma longa peruca loira encaracolada. Seus olhos eram contornados por um delineado preto e os lábios pintados por um batom avermelhado. Vestia um vestido preto curto com avental de renda branca. Nas pernas, meias7/8 fixavam-se nas roupas íntimas – mas isso Taeyongapenas deduziu -, e para completar, um salto escuro enorme nos pés.

Ele sorria tímido enquanto caminhava pela sala. O moreno não parava de encarar boquiaberto à figura transexual à sua frente. 

‘Eu quero morder aqueles lábios.’ Pensou consigo mesmo, passando a língua na borda de sua boca.

- MAS QUE MERDA VOCÊ TÁ PENSANDO, LEE TAEYONG? – Reprimiu a si mesmo. Todos olharam à ele, que se tocou de ter falado muito alto. – Desculpa. – Reverenciou.

- Babando muito no Tenzinho? – Sussurrou Doyoung.

- AI QUE SUSTO PORRA! – O moreno levou a mão no coração, tentando se recuperar da supresa. – To babando em ninguém não, eu gosto de mulher, porra.

- Aproveite que Ten hoje é uma mulher. Pegá-lo não irá contra os seus preceitos homofóbicos.

- Mesmo que ele seja mulher por fora, embaixo daquele vestido ainda tem um pau.  Falou em tom desapontado.

- E daí? Não é como se fosse levá-lo pra cama. Só uns amassos, sei que ele topa também. 

- Sai daqui, Doyoung. Eu não quero ninguém não, muito menos um macho. 

- Se é o que diz.

Mais e mais pessoas entravam no café da sala 3-A. Achava-se que seriam atraídos pelos homens de terno, mas mesmo mulheres sentavam-se na cafeteria apenas para apreciar a beleza de Ten Chittaphon, que era bonito em qualquer gênero. 

Alguns estudantes do sexo masculino inclusive, deram descaradamente em cima do tailandês, parecendo não se importarem por ele ser um homem. 

Taeyong os amaldiçoou, mas ao mesmo tempo queria ter a coragem para ao menos dar um oi ao tailandês e dizer o quanto ele estava bonito daquele jeito. 

Ten percebeu que o Lee não parava de encarar e mandou-o um sorriso sincero, que fez o coração do moreno acelerar descontroladamente.

‘O que tá acontecendo comigo?’

***

Duas semanas depois...

Mesmo com os encontros e desencontros de olhares nas últimas semanas, ambos não trocavam palavra alguma. Mas um infortúnio do destino os juntou: trabalho de escola.

As duplas seriam sorteadas aleatoriamente, e por sorte ou não, nossos protagonistas ficaram juntos. Taeil praguejava por não estar ao lado de seu amado, enquanto Taeyongcomemorava internamente, sem saber porque, que finalmente haveria uma brecha para falar com Chittaphon.

Em uma breve fala, Ten comunicou que deveriam fazer o trabalho na casa dele, por isso passou o endereço para o maior, que apenas concordou feliz.

Naquela mesma tarde, os dois se encontrariam em uma situação constrangedora que mudaria o destino deles para sempre. 

Taeyong estava perdido, por isso mandou uma mensagem ao tailandês – como tinham que fazer trabalho juntos, o moreno achou conveniente trocar números telefônicos – que desceu do apartamento para buscar o desorientado. 

Ambos entraram no elevador, mas foram surpreendidos por um pique de energia, acabando por ficarem presos. 

- Merda. – Praguejou o tailandês. – Aperta esse botão vermelho, é para comunicar o porteiro.

- Não. 

- O quê? Quer ficar preso aqui? 

- Também não.

- Então dá licença. – Ten tentou se aproximar do botão, mas Taeyong impediu-o de tal. – Me larga. 

- Só irei apertar o botão quando nós resolvermos nossa situação. 

- Só temos uma coisa a resolver, e ela se chama ‘trabalho de história’.

- Você pode não ter nada a falar, mas eu tenho. 

- O quê foi? – Bufou desistindo. – Fala aí.

- Eu quero pedir desculpas por tudo o que eu fiz.

- Achei que já tinha dito que não aceitaria suas desculpas. 

- Me ouça, por favor. Você não sabe o quanto eu me torturei no último mês, desde a brincadeira com o chiclete, eu não paro de pensar no quanto passei dos limites.

- Você passou mais do que os limites, Lee Taeyong. Você esmagou o meu orgulho.

Eu sei, por isso estou aqui. Peço o seu perdão assim... – O maior ajoelhou-se. - ... de joelhos mesmo.

- Se levanta, que tá feio.

- Só me levantarei se você me perdoar. 

- Tá bom, meu filho. Agora sobe.

- Ufa, isso é como uma bigorna sendo retirada da minha consciência. 

- Só espero que essas coisas não se repitam. 

Não irão. Pode ter certeza que se alguém fizer alguma coisa com você, eu irei acabar com a raça dela.

- Até mesmo se essa pessoa for seu próprio pai? – Taeyongencolheu.

- Eu não tenho moral perto dele, infelizmente é a única pessoa da qual eu não posso te proteger. 

- E a mais perigosa também, não se esqueça.

- Mas você me perdoa? Por tudo o que eu fiz? Prometo não te incomodar mais com essas brincadeiras e piadas sobre a sua sexualidade.

- Eu te perdoo pelas piadas homofóbicas, mas eu gostava de participar daquela rivalidade com você. 

- O que quer dizer com isso? 

Eu gostava tanto de você que ficava feliz quando você planejava alguma coisa contra mim. Eu pensava: pelo menos ele me notou, não é mesmo? 

Taeyong ficara sem resposta. Ten pronunciava aquelas palavras com uma expressão facial dolorosa. Mais uma vez, o menino tailandês fizera seu coração se apertar em culpa.

- Não sabia que você se sentia assim.

- Não se preocupe com isso, eu já te superei. 

A palavra ‘superei’ atingiu o moreno com força. Não esperava que fosse tão avassaladora. No fundo, no fundo, ele sabia que ainda queria que Ten gostasse dele. 

‘Por que de repente eu me sinto tão triste por ele não gostar de mim?’

Involuntariamente, Taeyong esticou os braços e trouxe os ombros de Ten para perto. Não sabia o porquê de estar fazendo aquilo, apenas supria uma necessidade inimaginável. O menor ficara confuso com os movimentos do outro. Seus corpos se chocaram com a repentina profundidade, ambos se encaravam quando o Lee resolveu passar para o próximo passo: fechou os olhos sorrateiramente e puxou o rosto de Ten com as mãos para perto de seus lábios, que preparavam um beijo.

Quando as pontas dos narizes se tocaram, ele finalmente entendeu o que estava acontecendo: Taeyong tentava beija-lo. Sem muito o que fazer, Ten cerrou os olhos e deixou-se levar. 

Finalmente as bocas estavam próximas o suficiente para ambos sentirem suas respectivas respirações. Porém, antes que pudessem prosseguir, ouviu-se um estalo grande, indicando que a energia voltara e o elevador estava mais uma vez funcionando.

Ten afastou desapontado, enquanto Taeyong estava confuso e em um conflito interno sobre o que tentou fazer. 

‘Eu queria beijá-lo? Por que eu queria beijar um homem?’

Os dois não proferiram uma palavra sequer ao outro, mesmo que o trabalho exigisse, estavam perturbados demais com o que acontecera.

Ten com seus sentimentos, se gostava ou não de Taeyong. E este último com sua forma de conduta, já que aquela tentativa de beijo ia contra qualquer preceito que ele algum dia seguiu, como odiar os homossexuais. 

Mas como Taeyong podia odiá-los se alguém como Ten Chittaphon, capaz de mudar os sentimentos radicais de uma pessoa, existia em sua vida? 

***

É isso aí galera, espero que tenham gostado!

Me sigam nas redes sociais:


Instagram: @luiza_veiga13
Snapchat: veigalbf
Twitter: @LuizaVeiga2

Mata ashita! :P


Nenhum comentário:

Postar um comentário