sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

ESPECIAL: FANFIC {CAPÍTULO I}

Por Safii-chan 

Yoo Minna-san! 

Finalmente a fanfic que havia comentado semana passada! Postarei um capítulo novo cada sexta-feira.
Um aviso, ela será censurada aqui no blog, mas está disponível no Spirit também, caso queiram acompanhar lá. 


Tenho uma fanfic do GOT7 também em andamento, se quiserem dar uma olhada:


***

Away From Here

Fanfic / Fanfiction Away From Here


{OT3 | 3SOME | TAETENIL} 



Ten era um garoto normal, com uma vida monótona e passiva. Até o dia em que decidiu se declarar ao estudante mais cobiçado e desejado da escola: Lee Taeyong. 
Taeyong, um homofóbico devoto, humilhou-o na frente de todos, contudo, o tailandês não deixou barato. 
Agora, novos coadjuvantes cruzam o caminho do nosso protagonista: um amigo de infância, que sempre nutriu sentimentos por ele, e um aluno intercambista, que logo se apaixona pelo moreno. 
Mas e Taeyong? 
Será que Ten conseguirá esquecê-lo e seguir em frente em novas paixões? 
Será que o playboy de cabelos acinzentados deixará o preconceito de lado e assumirá os novos sentimentos que o assolam? Ou o conflito interno o impedirá de ser estar ao lado da pessoa que ama?



***

Capítulo I: Yes, I'm gay


Fanfic / Fanfiction Away From Here - Capítulo 1 - Yes, I'm gay


        Era mais um dia comum na vida do pequeno tailandês. Levantara cedo, tomara café com seus colegas de dormitório – já que morava sozinho desde que se mudou para a Coreia do Sul – e pegara o ônibus escolar, que passava todo dia às 6:15 da manhã.

                Ten pensava que seu cotidiano mudaria se vivesse longe dos pais, por conta própria, mas acabou se acomodando com sua rotina monótona e sem diversão. Na verdade, a única coisa que sempre o motivou a viver era a dança, até agora.

***

                - Bom dia, Ten. – O cdf de cabelos alaranjados se aproximara do amigo.

                - Bom dia, Doyoung. Você poderia me emprestar seu dever de matemática? Fiquei até tarde no trabalho e acabei ficando sem tempo de fazer. – Ele sorriu envergonhado, enquanto afagava as madeixas negras.

                - Ten... eu empresto sim, mas já falei pra você moderar no trabalho. A escola é mais importante. Nesse ritmo, você não vai se formar.

                - Mais importante do que me alimentar? É através do meu esforço que consigo botar comida na mesa. Meus pais não me bancam, esqueceu?

                - Eu sei disso, mas você tem que moderar.

                - Chega de conversa, vamos entrar que eu ainda tenho que copiar o dever antes da primeira aula.
***

                Gritos escandalosos ecoavam pelos corredores, sinalizando que uma certa pessoa se aproximava. Ten suspirou fundo ao observar aquele ser adentrar à sala. Meninas desmaiavam ao vê-lo: sonho de consumo de todas elas.

                Doyoung cutucou o ombro amigo, o que fez o tailandês se virar.

                - Olha lá. – Disse apontando com a cabeça para uma menina confiante, que parecia querer se declarar ao mais alto. – Mais uma trouxa vai se confessar pra ele. E mais uma será recusada. Nunca o vi aceitando os sentimentos de uma garota. Tô começando a achar que ele joga no outro time, se é que você me entende.

                A menina cutucou aquele de cabelos acinzentados. Taeyong recebeu a carta de amor e a outra se viu correndo. Ele leu, amassou e jogou-a no lixo, esmagando qualquer esperança que a desconhecida poderia ter.

                - Não acredito que ele fez isso com ela, coitada.

                - Se ele for gay, é a sua chance, Ten. Três anos, cara. Já faz três anos que você é apaixonado por ele.

                - Eu não vou me declarar, não para ser humilhado do mesmo jeito que ele fez com essa garota.

                - Nunca vai saber se não tentar. Você sempre reclama que a sua vida está parada, devia investir nisso. Um amor muda tudo.

                - Não sei... tenho medo da resposta. Ou pior, da não resposta dele. Vai ficar sem reação, aposto que vai me achar desprezível.

                - Você já se olhou no espelho? Não sei como as garotas babam nele e não em você. Tirando esses óculos, se vestindo melhor, ajeitando o cabelo, você fica parecendo um idol. Eu, que nem sou gay, já tive uma quedinha por você.

                - Para de besteira. – Revidou com um soco no tronco alheio. – Eu não tenho autoconfiança como as garotas. Não posso simplesmente chegar e falar: Taeyong, eu gosto de você.

                - Sim, você pode. Mas se não quiser, escreva uma carta. Você é ótimo com poemas. Faça isso.

                E Ten passou o resto do dia pensando nas palavras do amigo.

***

                No dia seguinte, mesmo sem confiança e ainda nervoso sobre o que faria, inseriu o envelope no armário do amado e retornou à classe. Sentou-se na cadeira e esperou. Esperou o coreano chegar e dizer que correspondia dos sentimentos dele, ou pelo menos, que não gosta de homens. Ten estaria conformado com um “não” como resposta. Tudo que ele queria era que Taeyong o notasse, pelo menos uma vez.

                Antes de sair de casa, colocou as lentes de contato, que raramente usava, penteou os cabelos e passou o uniforme. Chegou no colégio sendo questionado sobre quem era, se era algum novato. As meninas que antes prestavam atenção em outros, passaram a admirá-lo. Seu melhor amigo, inclusive, assobiou para ele.

                - Cara, eu nem sei o que dizer. Você tá... tão... uau. – Doyoung ficara boquiaberto com a transformação. – Pelo jeito, vai se declarar, não é?

                - Já o fiz. Passei a noite toda escrevendo um poema falando sobre como me sentia. Coloquei o envelope no armário dele. Agora é só esperar.

                - Você assinou?

                - Sim, coloquei meu nome e falei que éramos da mesma turma. Espero que não me destrate como fez com as outras meninas.

                - Você é mais bonito que elas, eu até poderia te dar um beijo. – O ruivo se aproximou do moreno, colocou as mãos no rosto alheio e fez um bico com os lábios. Cerrou os olhos e já estava prestes a fazer tal, quando o aguardado entrou na sala.

                    - Quem é Ten Chittaphon? -  Taeyong parou na frente da sala, todos olharam para ele. O tailandês estremeceu.

                        - Sou eu. – Ele respirou fundo e caminhou em direção ao outro.

                - Eu não sei se isso é algum tipo de brincadeira, mas eu li a sua carta. – Ele estendeu o papel na visão de todos. Um silencio se estabeleceu no lugar.

                - Carta? Como aquelas de amor? – Uma menina, que não convém citar o nome, tomou o envelope para si e começou a lê-lo em voz alta.

“Eu preciso do seu calor,
Porque você me diz que está tudo bem.
Eu preciso de você, eu preciso de você.
Pegue minha mão, desenhe um círculo.
Esse é o tanto que compartilharemos juntos.
Todo meu coração está com você,
Meus sonhos ao seu lado.
Vivendo e sobrevivendo.
Nós poderíamos ser um pouco mais felizes se estivéssemos juntos.
Mais uma vez nós estamos conectados sem um fim.
Não posso viver sem você.
Mesmo que feche meus olhos.
Eu consigo sentir o calor a um passo de você.
Estar caminhando junto, lado a lado,
Você me traz conforto.
Eu estou contigo
Minha coragem de viver novamente é você.
Simpatizando ao me emprestar seu ombro,
É você.
Eu acreditarei em você.
Quando eu me deparar com a escuridão mais uma vez.”
- Assinado, Ten Chittaphon, sala 3-B. Meu Deus, você se declarou pra ele! Que desperdício de beleza você ser boiola. Mas te admiro pela coragem em se declarar para um homem, ainda mais o Taeyong oppa.
- Me dá isso aqui. – Taeyong tomou a declaração de volta, entregando-a ao tailandês, que se esforçava para segurar as lágrimas. – Eu não sei o que você estava pensando quando escreveu isso, mas quero que saiba que eu odiei. Se esse lixo foi para que eu reconhecesse seus sentimentos, pois bem, eu os reconheço. Mas só tenho desprezo e nojo pra retribuir. Quem você pensa que eu sou? Um boiola como você? Não sou homossexual, e quero distância de um. Agora some da minha frente, antes que eu decida quebrar a sua cara.
- Ô, pera aí cara, não precisa ser grosso. – Doyoung se intrometeu, defendendo o amigo. – Ten passou a noite inteira escrevendo isso, você deveria pelo menos recusá-lo propriamente, como fez com as outras meninas.
- Sinto muito, mas ele perdeu seu tempo fazendo isso. Ser gay é uma doença, ele deveria se envergonhar do que fez e sair do colégio. Seria melhor pra todo mundo. Inclusive pra ele, que vai ser motivo de piada agora.
- Ou, ou, ou. O que está acontecendo aqui? – Jaehyun, o fiel escudeiro de Taeyong chegara. A expressão em seu rosto demonstrava raiva e desapontamento.
- Esse seu amiguinho é um homofóbico escroto.
- Me desculpe, mas quem é você?
- Dongyoung, mas todos me chamam de Doyoung.
- Me desculpe, Doyoung, pelo mal-entendido. Sei que o Tae não quis dizer essas coisas, não é? – Disse, desferindo um chute no companheiro.
- Aí! Isso doeu. E não, eu realmente quis dizer essas coisas. Se homossexualidade fosse normal, dois homens conseguiriam gerar uma criança.
- TAEYONG!
- Está tudo bem, ele está certo. – Ten, que permanecia no silêncio sombrio até o momento, pronunciou. – Mas não é como se eu tivesse escolhido gostar de homens. Eu nasci assim. Acha que eu queria viver nessa sociedade de merda que não me aceita do jeito que eu sou? Acha que eu não tentei ser heterossexual só pra entrar nos padrões? Eu não consegui. Foi aí que eu decidi me aceitar. Pra quê ficar fugindo? Sim, sou gay. E se não gosta, vai ter que me aturar.
O moreno finalizou as falas de uma maneira que surpreendeu a todos na sala. Doyoung ficara boquiaberto com a resposta do amigo, e Jaehyun sem palavras. Taeyong cerrava os punhos, segurando sua raiva. Os demais na sala aplaudiram ao tailandês, que se retirou dali, de cabeça erguida.
- Aquilo foi incrível, Ten! – O ruivo não conseguia esconder o entusiasmo. Seu melhor amigo se trancou em uma cabine do banheiro e desabou a chorar. Apenas fungadas e soluços podiam ser ouvidos. – Tá tudo bem?
- Tudo bem? Você acha que está tudo bem? – A raiva tomou lugar da tristeza. – Aquele desgraçado me humilhou na frente de todo mundo.
- Eu sei, mas você se saiu muito bem! Acabou com ele. O playboyzinho ficou completamente sem palavras.
- Não. Eu não acabei com ele. – O moreno abriu a porta e se ergueu. – Vou fazê-lo se arrepender do que fez. De uma maneira que nem vai conseguir mais sair de casa.
- O que você está tramando? Tô começando a ficar assustado.
- Eu vou acabar com a reputação de Lee Taeyong. E você vai me ajudar.
***
Ten se arrumou da mesma forma que no dia anterior. Decidiu que um fora daquele homem não o deixaria abalado. Também queria se exibir e ver a cara de taxo do grosso, quando seu plano for posto em ação.
Chegou mais cedo que o de costume, somente para esperar a surpresa que aguardava o Lee. A mulher esbelta de longos cabelos loiros já estava no portão. Em seus braços, um bebê enrolado em uma manta. Ela sinalizou com a cabeça para o nosso protagonista, que sorriu empolgado.
Ele já sabia da rotina de Taeyong. Depois de três anos apaixonado, sabia que o menino popular gostava de chegar atrasado, somente para chamar a atenção das pessoas. E naquele dia não foi diferente.
O pátio de entrada estava cheio: o primeiro tempo era estudo individual. Taeyong chegou desfilando, vestindo sua jaqueta de couro e um tênis Adidas, totalmente fora dos padrões de uniforme.
A isca havia sido preparada. E ele caíra nela.
- TAEYONG! – A mulher correu até ele, o que despertou a atenção de todos ali, já que ela aparentava ser mais velha.
- Quem é você? – Ele perguntou friamente.
- Que horrível, Tae, é assim que você trata a mãe do seu filho? – A fala daquela mulher calou o lugar. Expressões confusas e horrorizadas eram vistas nos rostos dos alunos.
- Do que você tá falando? Eu não tenho filho.
- N-não tem? – Seus olhos encheram de lágrimas, enquanto ela estendia a criança para ele. – C-como p-pode s-ser tão cruel e d-dizer q-que ele não é seu filho? – O gaguejo de sua fala tornava a encenação mais realista. E, a cada palavra que ela dizia, mais espantada ficava a plateia.
- Essa criança não é minha, sai daqui. – Ele empurrou de leve a mulher, que se jogou ao chão com o bebê nos braços. Ela disparou a chorar e soluçar, foi quando Ten entrou em ação.
- Tá tudo bem, moça? – Ele perguntou, ajudando-a a se levantar.
- Não, mas obrigada. Esse cafajeste transou comigo e agora não quer assumir o filho que tem.
- Além de homofóbico, é machista. Não acredito que eu gostava de você, seu lixo. – Ten se exaltou e se virou à multidão. – Tá vendo? É esse tipo de pessoa que vocês tanto admiram. Essa pessoa que se recusa a assumir o próprio filho. Que humilha as meninas que se confessam para ele. Que julgam os outros na base da sexualidade. Não sei como vocês ainda conseguem admirar essa escória. – Ele terminou a fala, enquanto os outros murmuravam ao redor.
- É MENTIRA. – Taeyong gritou. – Eu nunca vi essa mulher na vida!
- Como pode dizer que nunca me viu? Olha o nosso filho, igualzinho a você! – Uma menina se aproximou, aconteceu de ser a mesma que leu a carta do Ten em voz alta. Ela se abaixou até ver o rosto do bebê.
- Realmente, eles são muito parecidos. – Disse, se levantando e caminhando até o mais alto. – Não acredito que é tão cafajeste. – E desferiu-o um tapa estridente em seu rosto.
Os estudantes se desfaziam, enquanto gritavam xingamentos ao menino de cabelos cinza, que estava perplexo pelo o que acabara de acontecer.
- Você foi ótima. – Ten agradeceu.
- Obrigada. Precisando, é só chamar. – Assentiu e se retirou dali também, restando só os dois.
- Então foi você... – As chamas escarlates latejavam nos olhos do maior, que parecia explodir de raiva a qualquer momento.
- A encenação? Sim, ela é prima do Doyoung, que acabou de ter um filho com o marido.
- Por que você fez isso? Agora a minha reputação está destruída por sua causa!
- Vingança.
- Só por que eu te rejeitei?
- Pela humilhação. Quis te humilhar também pra você sentir na pele o que eu senti. Agora estamos quites.
- Você vai se arrepender de ter feito isso, Ten Chittaphon.
- Eu que o diga, Lee Taeyong.
Que os jogos vorazes comecem!
Obs.: Pra quem não sabe, o poema que o Ten escreveu é a letra traduzida de Without You.
***
É isso aí galera, espero que tenham gostado!

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Mata ashita! :P


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