sexta-feira, 10 de março de 2017

ESPECIAL: FANFIC {CAPÍTULO VI}

Por Safii-chan

Yoo Minna!

Este capítulo está bem curtinho, é só para introduzir o Mark na história. Espero que gostem, ele está bem engraçadinho!

***

Capítulo VI - My new life



Ten estava nervoso com seu primeiro dia de aula na escola nova. Se mudara para a Coreia do Sul muito novo, não lembrava de seus colegas de infância. Tinha medo de não conseguir se adaptar, já que era o meio do ano letivo, contudo, para sua surpresa, foi comunicado de que outro aluno havia pedido transferência, trocando de colégio naquela mesma semana. Pensava se conseguiriam se dar bem; a saudade de seu melhor amigo era imensa. Taeyong, por quem sempre fora apaixonado, também lhe ia à mente. Jaehyun, com seu jeito esquisito, mas extremamente educado, e Taeil. Ah, Moon Taeil. Lembrava-se da briga que tiveram nas noites que antecediam sua viagem de volta. O garoto não aparecendo ao aeroporto; pensava se o veria novamente algum dia.

Era manhã de uma segunda-feira qualquer, quando o moreno entrou na sala e foi o alvo dos olhares de muitas garotas. Sentia pena por elas, “infelizmente, não posso corresponde-las”, pensou. Queria evitar maiores cerimônias, então sentou-se na cadeira mais isolada da sala. Perguntou ao colega ao lado se havia alguém ali, mas este negou.

Era muito estranho para ele voltar a falar tailandês. Se acomodou tanto com o coreano, que às vezes, mesmo com as diferenças linguísticas, parava para raciocinar se aquela era mesmo 
a palavra que precisava usar.

- Bom dia, classe. – Ao ver o professor adentrar à sala, Chittaphon se encolheu. – Nós temos dois alunos transferidos. Um do nosso país vizinho, Coreia do Sul, e outro que veio do outro lado do mundo, Canadá.

“ Canadá? ” Ouviu-se os alunos comentando. “ Por que diabos ele sairia de um país tão desenvolvido e vir morar justo aqui? ” Foi uma das questões que fez a si mesmo.

- Parece que o aluno da Coreia do Sul não veio hoje... estranho. Me falaram que ele estava no colégio. – Ten espremeu-se mais ainda. – Enfim, entre por favor. Alunos, este é Mark Lee.

O professor apontou para a porta e um garoto, que Ten podia jurar não ter mais que 16 anos, entrou. Ele vestia o uniforme amarrotado, com a camisa branca para fora da calça. O sapato social desamarrado e uma mochila preta da Nike – que não parecia conter mais que um caderno e um estojo – pendurada no ombro direito. Seus cabelos eram castanhos em um tom mel, com os olhos de mesma cor. Mesmo com o corpo magro e baixa estatura, o garoto arrancou suspiros da turma, que se deliciou em seus olhos grandes, típicos de ocidentais.

- Muito prazer. – Falou entre uma mascada de chiclete. – Cuidem muito bem de mim. – Gritos foram ouvidos em todos os cantos da escola, já que as meninas estavam histéricas.

“ Meu Deus. Ele nem é isso tudo. ” Bufou. O Lee rodou os olhos pela sala, que logo se encontraram com os de Ten. “ Eu? ” Gesticulou. O menino sorriu, causando estranheza no outro.

- Oi. Eu sou o Mark. – Disse se aproximando.

- Eu sei. Eu ouvi.

- Você também é novo aqui, certo?

- Como você sabe?

- Eu te vi no dia que vim fazer matrícula. – Chittaphon soltou um “Ah” decepcionado e deu de ombros. – Qual seu nome?

- Ten Chittaphon.

- Ten? Igual a dez em inglês! – Revirou os olhos. O tailandês odiava quando faziam essa piada. – Não gosta do seu nome? Vou te chamar de Dez, então!

- O problema não é meu nome. É compará-lo ao numeral. Acho isso retardado.

- Desculpa. – O moreno estava concentrado em acariciar seu anel, o que chamou a atenção do canadense. – Anel de compromisso? – Perguntou, apontando para o cordão.

- Ahm? – Ten olhou para seu próprio pescoço e suspirou. Tocar o anel virara algo rotineiro, que nem percebia quando o fazia. – Quem dera. – Sussurrou.

- O quê?

- Não é de compromisso. Uma pessoa muito importante que me deu.

- Dado pelo fato de que você veio transferido da Coreia do Sul, acredito que essa pessoa ficou para trás, não é mesmo? – Chittaphon estava intrigado. Como essa pessoa, que acabara de conhecer, o conhecia tanto? Mais até que seus familiares?

- S-sim. Infelizmente.

- E pelo fato de não estar em seu dedo significa que ou vocês terminaram, ou nunca estiveram juntos. – Aquilo atingiu o nosso protagonista como uma bigorna em suas costas. Estava com raiva, queria bater naquele folgado, mas sabia que estava certo. Apesar de Taeyong ter se confessado para ele, nunca tiveram nada.

- Nunca estivemos juntos. – Desabafou entristecido.

- E esta pessoa é um cara?

- O q-quê?

- Sabe, um gay conhece outro...

- G-gay? E-eu? – Definitivo. Ele odiava aquele garoto canadense por te entender tanto.

- É. Você, eu... sabe como são as coisas...

- E-eu não sou gay. – Mentiu.

- Ah, não? Desculpa, então. Mas eu sou.

- Que desperdício. As meninas ficaram gritando por você, mas tu gostas é de rola mesmo.

- Rola? – Mark caiu em risada. – O que é isso?

- Ah, esqueci que você aprendeu a falar tailandês agora. Rola é piroca, pau, pênis, intimidade masculina... entendeu?

- Ah sim... nesse caso, eu gosto de rola. – Ten chorava de rir.

- Ei, vocês dois aí atrás, menos por favor. – O professor chamou-lhes a atenção.

- Desculpa. – Pediram em unânime.

Com o fim da aula se aproximando, os dois trocaram números de telefones e, depois de muita insistência de Mark para que levasse Ten em casa, os dois seguiram caminhos distintos.

[Relâmpagos Markinhos] Já chegou em casa? J

“ Relâmpagos Markinhos. ” Riu consigo do nome que o amigo gravara em seu celular.

[10] Sim. Acabei de chegar...

[Relâmpagos Markinhos] Vai jantar o quê? Sinto falta da comida ocidental!! L

[10] Não sei ainda. Tenho que esperar meu pai chegar do trabalho para minha mãe ver o que ele quer comer.

[Relâmpagos Markinhos] Sua família parece ser bem conservadora e tradicional.

[10] Quer parar de tentar adivinhar como a minha vida é?

[Relâmpagos Markinhos] Só disse porque você deve ter problemas com a sua sexualidade... eles sabem?

Chittaphon parou antes de responder à pergunta. “ Como explicar que eles sabem, mas fingem não saber? ” Antes que pudesse digitar, seus pensamentos foram interrompidos pela vibração de seu celular, mais uma mensagem do canadense.

[Relâmpagos Markinhos] Se não quiser responder, não tem problema. Meus pais também não aceitaram bem no início, mas eles não podiam renegar um filho, certo?

[10] O ocidente é muito mais evoluído que o oriente. Infelizmente, meus pais não são assim. Eles podem muito bem me renegar, até porque eles têm outros três para ocuparem a minha posição.

[Relâmpagos Markinhos] Você tem três irmãos? Que legal! Eu tenho um mais velho, só que não temos contato.

[10] Tenho quatro. Três mais novos e um que já é casado e tem filhos.

[Relâmpagos Markinhos] Deve ser tenso sempre ser comparado ao seu irmão, que é hétero.

[10] Eles nem nos comparam muito... o pior é quando eles dizem que eu não sou um bom exemplo pros mais novos, só porque eu sou gay.

[Relâmpagos Markinhos] Ahaaa, então você se assume!

[10] Achei que já soubesse disso.

[Relâmpagos Markinhos] É, mas queria ouvir da sua boca.

[10] Idiota. Meu pai chegou, tenho que ir.

[Relâmpagos Markinhos] Ok, vai lá! :3

[10] Até amanhã.

***

 É isso aí galera, espero que tenham gostado!

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Mata ashita! :P




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